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Estado de (des)Graça

todas sabemos que a gravidez é um estado de graça.

18.Jan.20

Aborto retido

Depois da tempestade, mais chuva. Obstetra ligou-me ontem já ao fim do dia, as as opções são duas no caso de aborto retido: i) recorrer de imediato ao recurso de medicamentos que irão auxiliar a expulsão; ii) esperar que o corpo perceba que o embrião não apresenta batimentos cardíacos e ele próprio iniciar o trabalho de expulsão. Dizem que a natureza é sábia, mas o meu corpo já me falhou nestas questões reprodutoras. A primeira opção é mais pesada a nível físico, e menos a nível psicológico, porque a espera pode ser dura para uma mulher que está grávida de um bebé morto. A segunda opção costuma ser mais eficaz e o corpo na maioria das vezes consegue expulsar tudo sem ser necessária raspagem/curretagem. A segunda opção pode sempre culminar na primeira e esse é um risco que eu optei por correr. Vou esperar ainda que não acredite que o meu corpo fará porra alguma. Espero 15 dias e no fim ligo ao médico para avaliar o que fazer. Entretanto vou esforçar-me, correr, saltar e se calhar recorrer à ocitocina. Esperam-me 15 dias duros, em que todos os dias que me olhar ao espelho vou lembrar-me que estou grávida sem o estar.