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Estado de (des)Graça

todas sabemos que a gravidez é um estado de graça.

20.Jun.16

No dia em que fiquei presa na Costa da Caparica

E foi ontem, eu sabia que ia acontecer um dia! Saímos cedo de casa, por volta das 11h para não apanhar muito trânsito, pensei eu e milhares de lisboeta. Ainda assim não desisti. Começou logo na ida em que fiquei presa na entrada para o Borda D'Água (Praia da Morena) porque as pessoas acham por bem estacionar nos dois lados numa estrada com 3 metros de largura. Fiquei bloqueada durante 30 minutos ao ponto de ter de sair do carro e pedir a gente muito simpática e bem formada para fazer marcha atrás porque assim nem para a frente nem para trás. Havia um senhor muito bonito (not) que inclusive me disse que não fazia, que ele tinha prioridade (?), mas lá chorei um bocadinho e disse que tinha um bebé no carro. Mas adiante.

Às 16h resolvi sair, por ingenuamente pensar que com um dia daqueles ninguém iria sair cedo, mais uma vez enganei-me. Os lisboetas das 11h pensaram de novo como eu. Tirei o carro do lugar, andei 15 metros e parei, e tive parada durante 15 minutos. Olho para trás e o gordo dormia, mas estava todo suado. Disse para o meu marido "bora encostar e voltar para a praia". Tirar tudo do carro inclusive o gordo sem o acordar. Voltámos para a praia com a criatura ferrada que assim se manteve até às 18h30. Fui sempre espreitando para o parque e o caos continuava instalado. Às 20h, depois de 8 horas de praia já só queria fugir dali, mas depressa depressa só mesmo de barco pelo mar. Cheguei a casa passava das 21h.

Questiono-me, e se alguém precisar de ser socorrido? E se houver um incêndio? Uma catástrofe? Uma avaria? E as autoridades locais? E o sr. muito prestável que "arruma" o parque e está sempre debaixo da árvore a desejar bom dia de praia? Que dia de praia em grande.