Socorro! é fim-de-semana
Um dos grandes testes à nossa imaginação enquanto pais são os programas de fim-de-semana. Para quem ainda não anda neste admirável mundo diferente, não imagina o quão é difícil entreter uma criança ou bebé. Quando chove e está aquele frio do Árctico (como tem estado nas últimas semanas em Lisboa) rezo para que o fim-de-semana não chegue porque vem aí horas de tormento. Estar em casa a entreter estes pequenos seres maravilhosos é como tentarem ensinar-me a pintar, não quero nem nasci para isso. Chegamos ao 12h de sábado já cansados porque o dia começa normalmente às 07h30, ao fim-de-semana os pequenos seres tendem a acordar mais cedo com fome ou com cocós daqueles que saem para fora da fralda. Ao 12h já eu estou a contar os minutos para o pôr na cama para ir dormir a sesta. E das duas uma: ou faz uma sesta de 4 horas seguidas e normalmente isto acontece quando está um dia lindo e tínhamos planeado ir passear à beira rio, ou faz uma sesta de 30 minutos, fica numa rabugice tal e chove a potes.
Mas há sempre pequenos truques para contrariar aquele pensamento (herege) de "nunca mais é segunda-feira":
* não fazer planos, não marcar programas, não marcar almoços (jantares nem pensar a não ser em casa).
* ou marcar montes de cenas mas com adultos também com filhos porque a probabilidade de um dos casais desmarcar é de 95% e ninguém leva a mal.
* rezar ao São Pedro a partir de terça-feira.
* deitar mais cedo à sexta-feira e sábado que nos restantes dias da semana.
* apostar num bom par de galochas e casacos quentes e impermeáveis caso o São Pedro não ouça as nossas preces.
* comprar uma casa junto a um parque com baloiços ou montar um baloiço no meio de casa.
* não deixá-los fazer sesta nenhuma até que estejam tipo Zombie e enfiá-los na cama às 20h de sábado, sempre se aproveita a noite.
* aprender a meditar e andar sempre com música Zen preparada para ouvir, a única forma de nos desligarmos e estarmos lá ao mesmo tempo (dizem).