a vida não é diferente, é melhor
Ontem perguntava ao meu marido como eram os fins de tarde antes do Henrique nascer. Já não me lembrava o que fazíamos antes do jantar sem um bebé para cuidar. Ele relembrou-me... não fazíamos nada porque não havia o antes do jantar, eu saía tarde, ele saía tarde, chegávamos a casa e jantávamos, ponto. Muitos dias eu ainda ia ao ginásio até às 21h e só chegava às 21h30 a casa.
Se é verdade que a vida muda muito com mais um membro na família, também posso assegurar que o tempo parece que esticou, consigo chegar a casa cedo e ainda levá-lo ao jardim a ver os patos, consigo dar-lhe banho, dar-lhe o jantar, brincar com ele um bocado e pô-lo a dormir às 21h. São as melhores horas do dia mas também as mais cansativas. Sei que terei de reajustar horários porque não posso continuar a sair às 18h/18h30 do trabalho mas também sei que o trabalho deixou de ter a importância que tinha, já não quero saber se sou a melhor ou a que trabalha mais.
Mas dou por mim a pensar que faço muito mais coisas hoje que tenho um filho do que quando éramos só 2. Há sempre programas para fazer na rua, porque ficar em casa com um bebé um dia todo é de valentes. Faço praia o dia todo com ele, almoço em qualquer restaurante de Lisboa (desque que tenha esplanada), vamos a lojas e palmilhamos a cidade inteira com ele no carrinho ou ao colo quando se farta.