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Estado de (des)Graça

todas sabemos que a gravidez é um estado de graça.

19.Jun.15

as noites de sexta feira quando regressas

Podiam ser noites de ir jantar fora, de jantar à luz das velas, de abrir uma garrafa de vinho, de fazer amor sofregamente, de ver um bom filme a comer um gelado do Santini ou chocolate da Arcádia, de ficarmos a olhar um para o outro enquanto o nosso filho dorme que nem um anjo na cama dele. Podiam ser isto tudo mas não são. As noites de sexta quando há um regresso são dia de eu beber uma cerveja, reforçar a dose de melatonina, pôr os tampões nos ouvidos, a pala nos olhos e entrar em coma profundo até ao dia a seguir. 

 

Sou uma romântica.

19.Jun.15

esta sou eu em modo mãe

Esta sou eu em modo lamechas. Esta sou eu em modo "quero ser mãe outra vez, ontem". Olha para o Pablo e vejo-o crescer, todos os dias gosto um bocadinho mais dele e é tão bom gostar assim que quero ter mais uma pessoa com quem partilhar este gostar. Não consigo explicar, haverá alguma mãe que o consiga? Esta sou em modo quero muito mais tenho medo. Odiei a experiencia da gravidez e costumo pensar "se ele pudesse parir tinha 5 ou 6", assim fico-me pelos 2. Quero tanto gostar mais um pouco que até na adopção tenho pensado. Dois meus e um do mundo. Esta sou em modo relógio biológico activo mas demasiado racional. Encontro todos os motivos para ir em frente e uns quantos (ainda que momentâneos) para recuar. Se ele não saísse tanto em trabalho, se eu não tivesse tanto trabalho, se o Pablo não fosse tão pequenino, se a gravidez não fosse um horror e o parto não me assustasse tanto... mas depois chego a casa e tenho aquela miniatura de rapaz a fazer-me sorrisos deliciosos e esqueço tudo e penso quero outra miniatura a derreter-me. Esta sou eu em modo mãe derretida.