palavras para quê
Eras minúsculo (dentro do possível, nunca foste pequeno), choravas muito, sair contigo era um inferno. Nesse dia meti-te no sling, foi o único dia em que consegui, sem que esperneasses e chorasses que nem um desalmado e fui ao Mercado de Campo de Ourique comprar Sushi. O Sr. do Sushi olhou para mim e disse "leva aí um bebé?" e virou-se para o meu marido com um sorriso na cara "tire uma fotografia, vai ficar artística". Todas as fotografias têm uma história, a história desta é esta, de mãozinha na cabeça dormias, naqueles raros momentos dessa altura. Hoje olho para trás e adoro a fotografia, conta muito de ti dormitando de sobrolho franzido e desse período em que os momentos que não choravas eram raros.