sobreviver ao terceiro e quarto mês.
Num abrir e fechar olhos aquela criatura pequena que trouxemos para casa já tem 3 meses. Olhamos para ela e continuamos sem saber como é que uma coisa daquelas saiu de dentro de nós. Já compreendemos o choro de alguma forma, quando tem sono e quando tem fome. Continua a dar muito trabalho, e afinal as cólicas não passam aos 3 meses em ponto tipo encontro das 16h entre dois britânicos. São um pouco menos intensas mas o fim do dia é um inferno. Estás desejosa que cheguem as horas de ele ir dormir, mas infelizmente ainda não é certo. Resolves começar a treinar o bebe a dormir, "como dormir sozinho em 325 passos" e até corre bem. Em vez de adormecer ao teu colo embalado em 5 minutos, adormece sozinho na cama em 55 minutos. Está muito mais comunicativo e aos quatro meses começa a palrar, palra como se não houvesse amanhã. Ficas toda babada e pensas, aos seis meses vai estar a dizer mamã e papá. Aos 4 meses já faz coco sozinho todos os dias, as cólicas abrandaram finalmente porque ele tornou-se uma máquina a dar puns. Quando achas que o mau humor do teu filho começa a abrandar surgem aquelas bochechas vermelhas, começa a esfregar o nariz na tua roupa e a babar como os meus boxers. Vêm aí o segundo bicho papão: os dentes. Problema, entre o mau humor dos dentes a rasgar a gengiva, e a gengiva efectivamente rasgada pode demorar um mês.
Não interessa, é o teu filho e esperas, tens paciência, enches de beijos, de mimos e de nomes carinhosos. Sabe quem és desde sempre mas agora já olha para ti com orgulho. Adora-te. Enjoou o leite, mas isso é só mais um contratempo, não faz mal, estás quase a inserir as sopas ou as papas e aí tudo será muito melhor.