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Estado de (des)Graça

todas sabemos que a gravidez é um estado de graça.

06.Abr.17

Querido vendi a casa

Bem na verdade não vendi ainda, assinei só o contrato promessa de compra e venda, e pensam vocês e bem, mas esta tipa deve gostar de arranjar sarna para se coçar. E gosto, na verdade cada vez mais sofro desse mal: pele atópica, que me dá uma comichão do caraças.

A casa era cobiçada, de cada vez que a punha no mercado recebia uma proposta ou duas, mas nunca tive coragem, até que há um mês atrás, quando mais um tratamento falhava pensei, é desta que a vou vender e bem vendida. Estiquei o preço ao sabor do mercado e deixei-me ir. Rejeitei a primeira proposta que apareceu ao fim de 5 dias e aceitei uma segunda, de um americano, e já perto do meu asking price. 

A verdade é que eu preciso de sair dali, é a casa onde o Henrique nasceu, a minha primeira casa, mas é também a casa onde todos os tratamentos falharam, onde todos os sonhos se desmoronaram. E o quarto do bebé que há-de vir foi-se enchendo com coisas e tralhas da empregada, arrumos e mobília não usada. Enquanto ele esteve vazio sonhei, conforme foi sendo ocupado deixei de conseguir ter a porta aberta até que deixei mesmo de conseguir lá entrar. E assim soube que tinha de sair.

E agora? Para onde vou? Não sei, diz que tenho 36 meses para investir as mais-valias senão quiser ser tributada em sede de IRS. Tenho tempo. 

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