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Estado de (des)Graça

todas sabemos que a gravidez é um estado de graça.

22.Jun.17

O negócio da infertilidade

Infelizmente trata-se disso mesmo, um negócio, que gera milhões, move milhões porque por filhos pagamos o que temos e o que não podemos. Lamentavelmente e como negócio que é deveria ser mais e melhor regulamentado, deveria haver uma entidade de tutela, deveria haver mais leis.

 

Numa altura em que se regulamente para mulheres sem útero (veja-se o exemplo das barrigas de aluguer), para mulheres sem pareceiro(a) (que já podem recorrer ao banco de embriões), para casais homessexuais que queiram adoptar, esquecem-se os direitos básicos das mulheres ditas normais, das que têm um útero que não funciona, das que têm um parceiro com espermatozóides sem mobilidade, das que simplesmente não conseguem procriar sem razão aparente.

 

Nesta sociedade que se diz tão moderna, que batalha pelos direitos das minorias, põe-se de parte as maiorias que ficam desprotegidas e à mercê dos que gerem os ditos negócios. 

 

Desde condutas menos éticas, procedimentos que não chegam ao termo esperado e ficam por explicar o que falhou, desde mulheres que querem o segundo filho, mas que para recorrer ao Serviço Nacional de Saúde têm de mudar de parceiro, porque se já têm um primeiro filho, não têm DIREITO a um segundo pelo menos não daquele homem, desde mulheres que esperam um ano para fazer uma inseminação artificial, que se por acaso falha têm de esperar mais um ano, tudo isto se passa à sombra do poder de quem regulamenta. Ninguém quer saber e assim continuará, porque enquanto as vozes das minorias se fazem ouvir que nem trovões, as das mulheres como eu, calam pela vergonha, pelo tabu do assunto e pelo medo da exposição. 

 

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